segunda-feira, 29 de março de 2010


Eu talvez precise me livrar das coisas que me consomem, daquilo que me mata pouco a pouco por dentro, mas como? Se o que eu tenho pra falar não sai, não sou mais tão sincera quanto à sentimentos, eles não escoam mais pelas minhas palavras, eu simplesmente não me sinto bem, mas sempre finjo estar, e meus olhos reaprenderam a mentir.
Eu a amo, e preciso esquecê-la, por mais que eu queira dizer tudo o que sinto, mas não posso, ela parece estar tão bem sem mim, tão mais leve e feliz... mas eu mudaria meus hábitos por ela, tentaria até prestar mais atenção na minha infatilidade e egocentrismo. Mas ela não sente mais nada por mim, e como sentiria? Ela é tão fantástica, e eu só sou mais um pessoa perdida nesse mundo.
Eu só queria me livrar daquilo que me corroe por dentro, é um ácido que queima, e queima, me fazendo sangrar mais e mais por dentro; porém a minha armadura voltou, nada mais sai, nem entra.
"Hey babe, can you bleed like me?"

quarta-feira, 10 de março de 2010

Quando eu me perdi, eu te encontrei. Senti o sangue batendo no peito, me vi assim: feliz, contente, sorrindo.
Te descobrir foi uma maneira de me olhar no espelho, e me encarar profundamente; então, senti a sua alma, por alguns segundos, e me vi na sua dor -- assim como você, na minha.
Perdi os reflexos quando te vi, o chão, e estava flutuando, maestrando devagar a minha orquestra de fantasias.
Porém, eu me achei, e você se perdeu (ou será que nós nos perdemos mutuamente? ou será que nos achamos? não sei); mas, sinto que falta algo dentro de algo, dentro de mim... não sei quem eu sou quando me olho no espelho, nunca soube na verdade. Mas sei o que eu quero, me falta coragem, me perdi quando te perdi.
Eu escutei a música que vem da sua fala, e tive coragem de encarar o mundo. Não fui mais aquela menina, na verdade, me sinto uma transição, te vejo numa transição.
Um pouco de tempo para que agente se encontre em alguma esquina...

sábado, 6 de março de 2010

Nothing (5 letras)

Uma lágrima,
cicatrizes,
peito congelado,
sangue.
Raiva.
Ódio.
Culpa.
Solidão, sempre.

Uma cerveja,
desespero,
lâminas descem
docemente,
pele, carne,
alívio estantâneo.

Um comprimido,
sonhos (pesadelos?),
eu grito,
falta oxigênio,
força, coragem.

Nem um analgésico,
nada, dor, apenas,
e eu sangro.

Alguém me ajude!?

Sinto a sua falta,
anjo caído,
te amo,
me perdoe.