sábado, 8 de novembro de 2008

Apenas mais um.

Ódio,
eu grito,
sinto gosto de sangue.
Vejo minhas mãos sangrando,
e o ódio ainda está aqui,
gritando,
o coração acelera a cada passo.
Homicídio,
suicídio,
amor...? Ainda posso senti-lo?
Na verdade não,
sinto somente o gosto de sangue,
e a fraqueza de um anjo caído.
Minha respiração fica ofegante,
alguém pode arrancar isto de mim?
Alguém pode me ajudar?
Não! Não existem almas que possam...

Vejo flashes, e sinto o beijo da morte,
mas sei que ela não virá,
por mais que eu a deseje...
Eu não a mereço,
não a sinto, mas preciso.
Darei só mais um berro,
porém não tenho mais forças,
me encontro cega,
numa nova e antiga escuridão,
tateio, e encontro o medo e sinto novas cicatrizes,
tão novas que chegam a arder,
com uma intensidade alucinógena.

Sou ma menina,
mimada e frustrada,
precisando de um pouco de atenção
Será que você poderia me dar?
Não! Ninguém consegue me dar...

Como eu quero você aqui,
eu penso em você quase todos os dias:
seja por estar contente ou infeliz,
geralmente me encontro infeliz,
sonhando em como seria se você estivesse aqui.
Talvez a raiva fosse embora,
Talvez eu sentisse um pouco de contentamento
só por estar te vendo,
ou te ouvindo.
Sinto sua falta.
Pois o meu ódio por tudo e todos
cresce cada vez mais e mais,
e eu desejo estar junto de ti,
mas não posso, não tenho a mesma coragem que você.
Me perdoe... Borboleta, por ser assim,
tão inútil.