domingo, 5 de junho de 2011

23h20min.

Uma... duas... três ou quatro, eu não me lembro quantas taças de vinho, nem copos de cerveja ou goles de vodca que eu bebi ontem, mas sei que a minha cabeça pesa, e eu preciso de um cigarro, mas não os tenho agora (e tenho preguiça para comprar).
Ontem foi uma noite engraçada, digo, antes que eu começasse a ficar bêbada. Estava sentada em um banco, fumando um Lucky Strike e só analisando as pessoas passarem, é engraçado ver algumas pessoas felizes sem ter razão, pois eu não consigo fazer isso. Não me sinto realmente feliz. E, meu peito está apertado, andei pensando e acredito que a parte de relacionamentos nunca foi pra mim. E eu que pensei que fosse encontrar alguém que se preocupasse um pouco comigo, que fosse cuidar um pouco de mim, porém, como sempre isso não irá acontecer. Eu sou sempre um escape para pessoas perdidas, é incrível. Acredito ter criado expectativas demais quanto a essa pessoa, e eu estava tão bem, há dois anos eu não em sentia realmente viva desse jeito. Mas, eu voltei a sangrar, eu voltei a gritar nas minhas madrugadas loucas, com os meus pensamentos que nunca se calam. E eu nunca senti tanto frio, eu tenho medo de 'perder' -- o mais engraçado é pensar: 'mas, perder o que? Você não tem nada'.
Quase uma semana sem notícias, esse silêncio, como eu odeio esse silêncio. E odeio me sentir assim. Mas, em algumas horas eu fico feliz por 'ter' alguém, ter pelo menos um abraço ou um beijo que não seja de um total desconhecido e sentir falta, é uma paixão tão adolescente e encantadora.
Mas, acho que comecei esse 'desabafo' com a minha última madrugada, certo? Bem, depois da terceira taça eu já estava um tanto alegre, e acho que liguei pra quem não deveria, eu não me lembro ao certo, minhas madrugadas tem sido tão incertas, confusas, mescladas, mas, eu ainda sinto falta do cheiro, da voz, do olhar, e da pessoa que você é.