sexta-feira, 21 de outubro de 2011

A eletricidade dos trilhos do metrô me hipnotizam de tal forma, que, as vezes penso se seria interessante experimentá-las. Daí, então, percebo a minha real covardia em sentir esse momento, parece-me tão viável, e, por vezes, confortável.
Sinto um pouco de gosto vermelho rubro escorrendo pelos poros, e isso me alivia e me desespera de certa forma.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Vou tentando aos poucos,
um cigarro, uma dose, um livro,
um beijo, frieza.
Auto-degradação contínua.
Eu devo, e vou me livrar.
Cometer um assassinato.
Interpretando no meu teatro decadente,
com as putas do meu novo bordel.
Mapeando as possibilidades.
Distorcendo a realidade, para que eu possa estar lá.
Pisoteada por todos.
Preciso arrancar o me faz ser.
Desencadeio um pequeno terremoto,
é um câncer alucinógeno, benigno.
Orgasmos sujos no final da apresentação.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Inferno e escrava de mim mesma,
tudo fora do lugar, caos total,
a cabeça pulsa com insanidade,
não controlo movimentos (pensamentos).
O sangue escorre,
e na minha retina só a miragem,
esse nada que me completa,
que não satisfaz. Completa.
Transição, sentimento corrosivo,
torção, mutação, mutilação,
desfaço-me das brincadeiras,
criação diária de um novo ser.
Raiva, ausência, criatividade,
amor?
Traga mais uma dose, por favor.