sexta-feira, 13 de julho de 2012

Algo mais.

Antes eram beijos e abraços loucos no meio da praça, ligações fortes, suaves, demoradas, como se algo estivesse renascendo dentro de mim, como se, pela primeira vez, alguém realmente tivesse se entregado e confiado em mim, e eu me senti como uma menina, de novo, com o amor novo que estava por vim. Agora, são beijos sem paixão, conversas que duram um cigarro e, ás vezes, um beijo de boa noite. Não existem mais as canelas misturadas com o suor do lençol, nem o sorriso de chegada, nem as surpresas, ou a ânsia da espera. Existe essa coisa meio morta, meio viva, que, eu, pacientemente tento reascender dentro de mim, esperando por alguma colaboração externa. Minha angústia cravada no peito, e essa dor que não sabe se sai, se fica, se grita ou murmura. A lógica não tem sentido, porque a exatidão das palavras me deixam entediada, os dias passam, e ele parece não se importar com a minha ausência física, parece não querer a minha voz, ou o meu corpo. Me sinto como um (como dizia o Caio F.) "tapa buracos" de todas as minhas relações, como se estivesse lá por estar. Não há mais carnaval, não há suspiros nem abraços apertados de adeus, na verdade, acho que nunca houve abraços apertados, nem gritos loucos de paixão. Muito menos uma história romântica, mas, (como diria o Cazuza) o "nosso amor a gente inventa pra se distrair", acho que ando inventando amores demais na minha cabeça, criando expectativas que talvez ele nunca compreenda, ou sinta, ou queira sentir. Talvez.... minhas palavras andam tão sem nexo quanto a minha cabeça, a minha aparência, o meu estômago e a minha real vontade de existir nesse plano. Me sinto péssima, por "ter" alguém,e, ao mesmo tempo não o ter ao meu lado, pois ele me critica como quem não sente, e não sabe (ou entende) que pode machucar alguém, há tanta delicadeza em seus gestos, e tão pouca em suas palavras ou sentimentos, que me confundem completamente, e torna o meu caos interno mais insano, tenho vontade de vomitar palavras a um precipício, porque, esse sim, talvez entenda o valor delas. Ou apenas, derramar lágrimas no travesseiro, me afogando lentamente, enquanto me desespero por não saber o que fazer...

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Sen.sa.coes.

Existe uma pequena lembrança na mente (de um passado recente, repetitivo), dos nossos Sábados e Domingos, da sua barba, pouco aparada, raspando no meu pescoço, beijando o meu pescoço e meus lábios, o seu cheiro, enquanto ouço você tocar as cordas do banjo, criando algum som muito agradável, e eu, como sempre, de bruços, somente com o seu travesseiro no meu corpo o observando, e reparando como você sempre fica interessante quando toca e quando está com esses óculos, der-repente eu peço mais um cigarro, e você regula, como sempre, dizendo que eu ando fumando ou bebendo demais, como quem está sempre achando ruim as coisas que faço em excesso, mas, sempre acaba cedendo, e sempre me olha com uma cara de criança perdida que acha que conheço tudo, as vezes me olha com olhar de professor, outrora com olhar de menino que acabou de descobrir o que é o amor, mas eu gosto, sempre gosto de quando você me olha, ou de quando você me acorda, deslizando a palma da suo mão sobre as minhas costas, coxas e cabelos, as vezes desliza os lábios, quando sussurra no meu ouvido palavras agradáveis. Seu olhar, beijo, ser, agir ... nunca achei que pudesse amar novamente, e descubro como é ser "menina", novamente.

domingo, 22 de janeiro de 2012

Idílio.

Os lençóis pela madrugada, suados, lançam um pouco mais de paixão e estremesse as canelas, com gemidos soltos no ar. No rádio o som que se envolve com dois corpos nus, no colchão.
A pele encharcada, as coxas e os pés, os lábios, muitas vezes confundidos, os corpos enlaçados, você, eu, dentro, aqui, agora. Suas costas, as marcas...