quinta-feira, 14 de abril de 2011

COMO?

Evoluir?
Quando eu me libertar eu consigo,
mas, como?
Esse aperto insano no peito,
as veias pulsando,
expelindo todo o veneno que habita parte de mim.
Insônia, High Hopes, cigarros,
e a fumaça branca no céu,
criando formas circulares, nunca infinitas,
o infinito não existe, assim como o amor,
me sinto essa fumaça.
Preciso gritar, esse silêncio me deixa atordoada,
é como se não houvesse válvulas de escape,
e eu vou morrer intoxicada com esse veneno,
esse ácido que me queima por dentro, mantendo essa maldita máscara,
os olhares sem vida, porém, mostrando o fundo do poço que sou,
tentando esconder um pouco desse amargo que existe em mim.
Me tirem de mim, eu imploro,
eu preciso de um pulso para me guiar.

terça-feira, 12 de abril de 2011

You don't see me

Não dê mais um passo, tente não errar, não novamente.
Não grite por socorro, e não peça nenhum sorriso,
não há braços para te tirar daí.
Sinta o cheiro do azul,
dessa fumaça toda,
tente respirar mais uma vez,
você não sente o ar doce nos seus pulmões?
não sente esse cheiro de queimado?
Respire, e veja como dói,
como essa dor é quase poética, e insuportável,
o cérebro grita,
sinapses, somente sinapses, enjôo,
tente escapar, sinta esse doce gosto do vermelho na boca.
A falta de oxigênio está te deixando tonto? mas você ainda consegue me ouvir.
Esteja comigo, e olhe para a janela,
ninguém pode ver, ou sentir o gosto de suas lágrimas, mas elas caem.
Venha, ninguém pode nos atingir, mas continuaremos com essa pedra no peito, porém, estaremos seguros.


Ao som de Perfect Circle.