sábado, 17 de outubro de 2009

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Um beijo, a saliva,
o toque, e o olhar.
Os olhos, os seus olhos verdes.
Estou atraída,
pelo cheiro, e as palavras.

Medo... me corroí por dentro,
e quero gritar por fora,
mas o seu riso não permite.

Eu te quero tanto
que as vezes me faltam palavras,
e eu fico sem chão.
E paro, e pergunto o porque disso.

Vou me machucar, tenho certeza;
vou surtar um pouco, quem sabe...
mas, sobreviverei, como sempre.
Como todos os meus "amores" fracassados.

Eu sou um anjo caído no meio da multidão hipócrita;
aquela, sem rumo e que se perde no lixo da própria mente.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

2406

E aqui estou eu seguindo passos sem destino, na esperança de algo, na espera de que você apareça para me animar nos meus dias péssimos. Acho que estou desabando, de novo, caindo bem lentamente. E peço ao deus, que não tenho fé, que me segure. Somente para que não seja culpada pela minha própria degradação.
Ascendo mais um cigarro para tentar parar de pensar nessas malditas besteiras, mas serão mesmo besteiras?
Às vezes me sinto fora do meu corpo, fora de mim mesmo, do outro lado do mundo, e vejo meu corpo estatelado no chão, ralado no asfalto, e me sinto uma merda, porque eu sou. Serei sempre igual a todos, serei sempre corroída por microorganismos que não pensam, nem sentem nada.
Às vezes fico aqui, sentada me lamentando das porras que fiz ontem, hoje, e das outras que farei amanhã, porque eu sou assim, um lixo humano vagando pelas ruas sem saber o porque de estar nelas.
E você? Já se sentiu assim? Já se sentiu como uma bosta ambulante, sem saber pra onde correr?
Talvez você venha, e apareça pra tirar isso de mim, talvez eu mesmo tenha que tirar. Ou, quem sabe, eu viva somente num terrível e profundo sonho.
Talvez eu sempre vomite palavras sem sentido, que são muitas, e poucos as escutem, talvez... eu nunca parei pra pensar muito nisso.
Porém, eu desejo insanamente ser devorada pelos minúsculos animais, pelos microorganismos nojentos que habitam o mesmo planeta que o meu. Por favor, me atirem uma bala de canhão, me morfinem, me decapitem, eu juro que não agüento mais.



(Fêrnix - 24/06/09)

domingo, 8 de março de 2009

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Estado de ebulição.
Tudo parece uma panela enorme de pressão,
Minha mente em brasa,
porém eu ignoro a fumaça.
Os olhos em fúria,
e o corpo doente.