sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Os gostos daquilo que sinto saudade são,
em muitas ocasiões, esquecidos
talvez por um copo a mais de vodca,
ou alguns tragos no Lucky Strike.
Mas, permanecem...
interferindo pensamentos,
bloqueando vontades,
interferindo.
Respiro, trago,
meu joelhos não conseguem sobreviver,
dor, nostalgia, Borboleta.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

A eletricidade dos trilhos do metrô me hipnotizam de tal forma, que, as vezes penso se seria interessante experimentá-las. Daí, então, percebo a minha real covardia em sentir esse momento, parece-me tão viável, e, por vezes, confortável.
Sinto um pouco de gosto vermelho rubro escorrendo pelos poros, e isso me alivia e me desespera de certa forma.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Vou tentando aos poucos,
um cigarro, uma dose, um livro,
um beijo, frieza.
Auto-degradação contínua.
Eu devo, e vou me livrar.
Cometer um assassinato.
Interpretando no meu teatro decadente,
com as putas do meu novo bordel.
Mapeando as possibilidades.
Distorcendo a realidade, para que eu possa estar lá.
Pisoteada por todos.
Preciso arrancar o me faz ser.
Desencadeio um pequeno terremoto,
é um câncer alucinógeno, benigno.
Orgasmos sujos no final da apresentação.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Inferno e escrava de mim mesma,
tudo fora do lugar, caos total,
a cabeça pulsa com insanidade,
não controlo movimentos (pensamentos).
O sangue escorre,
e na minha retina só a miragem,
esse nada que me completa,
que não satisfaz. Completa.
Transição, sentimento corrosivo,
torção, mutação, mutilação,
desfaço-me das brincadeiras,
criação diária de um novo ser.
Raiva, ausência, criatividade,
amor?
Traga mais uma dose, por favor.

domingo, 11 de setembro de 2011

Essas imagens na minha cabeça.
E eu preciso te deixar, você está bem, e eu vou ficar aqui, vagando novamente, tentando achar o meu novo vazio, sentir dor alguma. Eu sei que posso.
Me perdoe.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Essa espera que me deixa angustiada, fazia tanto tempo que eu não me sentia assim: frustrada, incapaz de conseguir fazer qualquer coisa, mas, por que eu achei que dessa vez iria ser diferente? É sempre a mesma história, a mesma história podre, e quem sempre sai machucada sou eu, e eu sangro esperando a porra da morte chegar, mas sou tão covarde e inútil que nem isso eu consigo fazer.
Precisava ter sido agora? Como você consegue me deixar bem em um dia e no outro simplesmente me derrubar, como se nada tivesse acontecido antes?
Eu deveria imaginar, 'ter' alguém nunca foi algo para mim, eu sempre fodo com alguma coisa no meio do caminho, eu não consigo nem te fazer ficar bem... eu não consegui nem fazer você gostar de mim, e foram mais alguns sexos vazios na minha vida, pra quê? Quem sempre se entrega por completo e quem sempre sai machucada sou eu. Mas, ainda sim eu queria poder te conquistar, só um pouco, me entende? Mesmo assim eu acredito que você só esteja perdido no meu próprio vazio, procurando uma resposta pra isso tudo, o que no fundo, não existe, não existem respostas, há somente pensamentos e sentimentos, sentimentos que você colocou uma muralha enorme na frente, e que eu não consegui desmoronar.
Respostas, é só a única coisa que eu desejo, porque o 'não' já existe, e eu estava tão bem. Ainda não consegui entender como foi que isso tudo aconteceu. Ainda não consigo entender o por quê de te amar ainda, e de não conseguir sentir raiva nenhum instante de você. Por que eu sei que não foi por maldade, apenas aconteceu.
Me perdoe, se perdoe. Prometo que vou sumir da sua vida, assim como eu sumi da vida de várias outras pessoas, vocês sempre mereceram ser felizes, e eu vou continuar aqui, me embriagando e com todos os entorpecentes, pra eu conseguir uma sobre vida, e uma máscara, apenas.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

quarta-feira, 20 de julho de 2011

(ins)PIRAÇÂO

Contradição,
(ex)PIRAÇÃO.
Caos,
nada.
Beijos,
palavras,
vozes e cheiros.
Vontades insanas,
coração latejando.

Grito... me agarro em algo que eu não consigo alcançar,
raiva, mas por quê?
Estou ofegante,
queria poder correr.
Essa ansiedade quer me consumir cada vez mais e mais,
indignação que não supera.

O amor que destrói, que constrói,
e um olhar que acalma,
o sexo que causa delírio,
e mão.
SOU ESCAPE.

Te quero.
Eu preciso do colo,
quero o beijo,
você bem,
quero apenas você.

domingo, 5 de junho de 2011

23h20min.

Uma... duas... três ou quatro, eu não me lembro quantas taças de vinho, nem copos de cerveja ou goles de vodca que eu bebi ontem, mas sei que a minha cabeça pesa, e eu preciso de um cigarro, mas não os tenho agora (e tenho preguiça para comprar).
Ontem foi uma noite engraçada, digo, antes que eu começasse a ficar bêbada. Estava sentada em um banco, fumando um Lucky Strike e só analisando as pessoas passarem, é engraçado ver algumas pessoas felizes sem ter razão, pois eu não consigo fazer isso. Não me sinto realmente feliz. E, meu peito está apertado, andei pensando e acredito que a parte de relacionamentos nunca foi pra mim. E eu que pensei que fosse encontrar alguém que se preocupasse um pouco comigo, que fosse cuidar um pouco de mim, porém, como sempre isso não irá acontecer. Eu sou sempre um escape para pessoas perdidas, é incrível. Acredito ter criado expectativas demais quanto a essa pessoa, e eu estava tão bem, há dois anos eu não em sentia realmente viva desse jeito. Mas, eu voltei a sangrar, eu voltei a gritar nas minhas madrugadas loucas, com os meus pensamentos que nunca se calam. E eu nunca senti tanto frio, eu tenho medo de 'perder' -- o mais engraçado é pensar: 'mas, perder o que? Você não tem nada'.
Quase uma semana sem notícias, esse silêncio, como eu odeio esse silêncio. E odeio me sentir assim. Mas, em algumas horas eu fico feliz por 'ter' alguém, ter pelo menos um abraço ou um beijo que não seja de um total desconhecido e sentir falta, é uma paixão tão adolescente e encantadora.
Mas, acho que comecei esse 'desabafo' com a minha última madrugada, certo? Bem, depois da terceira taça eu já estava um tanto alegre, e acho que liguei pra quem não deveria, eu não me lembro ao certo, minhas madrugadas tem sido tão incertas, confusas, mescladas, mas, eu ainda sinto falta do cheiro, da voz, do olhar, e da pessoa que você é.

terça-feira, 31 de maio de 2011

..

Eu preciso gritar, mas não adianta. Esses sentimentos que borbulham aqui dentro querem me sufocar. Não consigo controlá-los, as vozes da minha cabeça dizer que não sou capaz. Mas, isso não é novidade, eu nunca fui.
Esse sangue de novo, esse choro descontrolado, esse cheiro de morte (da incapacidade de tê-la), as letras nas paredes, nos papeis, nos blogs, só comprovam que eu nada sou.
Mas, você. Você brilha, você quer estar aí, brincando lentamente com os meus pensamentos insanos (odeio criar coisas na minha cabeça que sei que nunca vão acontecer). E o seu cheiro dança nos meus sonhos mais loucos, por que? Eu estava bem. Mas, eu não quero abandoná-lo, não agora. Eu quero você, quero o castanho dos seus olhos junto com o brilho, e quero o seu corpo no meu. Mas, preciso deixá-lo ir, eu não sou digna de ter algo tão bom assim. Eu sou o meu próprio veneno. E você, só está perdido, assim como eu. Como eu sempre estou, mas você irá se encontrar, e eu sei que irá sair por aí, a procura de alguém mais estável, enquanto eu tento encontrar liberdade de mim mesma.
Preciso de mais uma dose de uísque e de uma maço de cigarros, eu prometo me sentir relativamente bem de novo.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

COMO?

Evoluir?
Quando eu me libertar eu consigo,
mas, como?
Esse aperto insano no peito,
as veias pulsando,
expelindo todo o veneno que habita parte de mim.
Insônia, High Hopes, cigarros,
e a fumaça branca no céu,
criando formas circulares, nunca infinitas,
o infinito não existe, assim como o amor,
me sinto essa fumaça.
Preciso gritar, esse silêncio me deixa atordoada,
é como se não houvesse válvulas de escape,
e eu vou morrer intoxicada com esse veneno,
esse ácido que me queima por dentro, mantendo essa maldita máscara,
os olhares sem vida, porém, mostrando o fundo do poço que sou,
tentando esconder um pouco desse amargo que existe em mim.
Me tirem de mim, eu imploro,
eu preciso de um pulso para me guiar.

terça-feira, 12 de abril de 2011

You don't see me

Não dê mais um passo, tente não errar, não novamente.
Não grite por socorro, e não peça nenhum sorriso,
não há braços para te tirar daí.
Sinta o cheiro do azul,
dessa fumaça toda,
tente respirar mais uma vez,
você não sente o ar doce nos seus pulmões?
não sente esse cheiro de queimado?
Respire, e veja como dói,
como essa dor é quase poética, e insuportável,
o cérebro grita,
sinapses, somente sinapses, enjôo,
tente escapar, sinta esse doce gosto do vermelho na boca.
A falta de oxigênio está te deixando tonto? mas você ainda consegue me ouvir.
Esteja comigo, e olhe para a janela,
ninguém pode ver, ou sentir o gosto de suas lágrimas, mas elas caem.
Venha, ninguém pode nos atingir, mas continuaremos com essa pedra no peito, porém, estaremos seguros.


Ao som de Perfect Circle.

terça-feira, 22 de março de 2011

Desaparecer...
é tudo o que eu quero no meu real momento, é como se, de repente, eu simplesmente perdesse o controle de tudo só com uma simples dose de álcool, ou com várias, e, como sempre, eu tento me esconder atrás da minha máscara, mas tudo o que eu quero é entrar no meu próprio vazio, tentando achar uma explicação possível para tudo isso, mas, eu sei que não há, IMPOSSÍVEL ter alguma.
Chorar não é uma opção viável, NADA é viável, pois NADA é o que sinto, o que sou, fui, serei. Onde foi parar aquela menininha que todos diziam que era "especial", que ia conseguir mudar o mundo com a sua paixão, que ia brilhar algum dia? Está corrompida por uma sociedade cruel e superficial, e eu me tornei aquilo que mais odiava, esse ser mesquinho e sem vida, fingindo ser quem não é só para conseguir ser aceita, e é incrível quando isso acontece, você enfim, consegue ser aceita, e cultiva essa podridão toda que cresce dentro de você, ignorando-a. Então, você resolve acender um cigarro, pegar um copo de cerveja ou uma dose de conhaque, e FINGIR, apenas isso. E como o seu sorriso fica bonito, depois de muito tempo o aperfeiçoando, esse sorriso sem vida, esse olhar sem expectativa, "QUEM É VOCÊ?", é a pergunta que você se faz quando está se tocando em um espelho qualquer, mas, nunca tem a resposta, essa maldita máscara que nunca quer sair, esse gosto amargo depois de cada gorfada, essa lágrima trancada no peito. E você volta, como se nada tivesse acontecido, chega em casa, se afoga na fronha, e dorme. O dia seguinte será de muita dor de cabeça, e muita culpa. E você só pensa: "ONDE ESTOU EU? SAUDADES DE MIM".

terça-feira, 1 de março de 2011

Lucidez.

Me machuque novamente,
arranca a última gota de lágrima,
e me seque.
Me destrua, pois, sozinha,
não tenho a real coragem para conseguir o que eu preciso -- o que quero.

Me estupre mais uma vez,
com suas palavras,
e sorria a última vez para mim.
Acabe com o único fio de inocência que há
na minha alma, na minha calma,
na minha insistência de viver.

Sou algo vazio, sem razão,
com esse gosto amargo de derrota na boca,
com todo o sangue borbulhando, e sem o brilho,
sem um pouco de coragem para continuar.

Grito, suspiro, grito,
garganta que arranca sangue,
que suga a dor,
que não a expele.

O sexo vazio,
as doses e cigarros infinitos,
as conversas fúteis.
Só mais uma vez, deixe-me sentir "bem";
deixe-me assim, fora de mim,
deixe-me com a doce ilusão de estar viva.